Os cuidados que dedicamos à infância hoje definem o adulto de amanhã. Quando nos relacionamos com cuidado, com atenção e compartilhando nossos valores, temos mais possibilidades de desenvolver crianças seguras e amadas.
A infância é tempo para experimentar, refletir, silenciar, desejar, testar, fazer outra vez. É uma fase de descobertas, onde a criança pode viver e aprender. A criança precisa de tempo e espaço para brincar de forma livre e espontânea, de modo que sinta segurança nas atividades e brincadeiras que realiza.
É dessa forma que o sentimento de confiança emocional, básica e íntima, se efetiva e se traduz em atos cotidianos naturais. Situações inusitadas, como o risco, a aventura, o autocontrole, a iniciativa, a partilha, a resolução de problemas, o saber estar e habitar em e com seu corpo o espaço individual e o espaço dos outros, são fatores, acontecimentos e ações essenciais para que a criança desenvolva capacidades de vida em grupo.
A Psicomotricidade Relacional confirma a premissa de que a infância composta por ricas experiências relacionais não precisa do excesso de brinquedos industrializados ou de tecnologias, mas sim de vivências sensoriais e lúdicas entre crianças e adultos, entre crianças e crianças, pautadas pelo cuidado consigo e com o outro, referendado pelo respeito aos limites, ao afeto e ao dizer espontâneo por meio do brincar, sem pré-condições e que lhes permita o contato feliz com o mundo natural das relações humanas.
Março também se comemora o Dia Mundial da Infância, no dia 21. Foi criado pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) para promover a importância dessa fase tão especial e para continuarmos lutando pelos direitos das crianças do mundo todo.
De acordo com a Organização, a proposta da data é promover uma reflexão sobre as condições de vida dos pequenos ao redor do mundo e defender que todos tenham acesso aos devidos cuidados e a tudo aquilo que necessitam para um desenvolvimento pleno e amoroso. Incluindo direitos básicos, como alimentação, moradia e educação.