Saúde mental não tem idade, deve ser cuidada todos os dias, em todas as fases da vida. No mês do setembro amarelo, queremos lembrar da importância de cultivar a saúde emocional, sobretudo nas nossas crianças.
Os primeiros anos de vida são base para as aquisições que o cérebro fará nos anos seguintes. Ao promover a saúde mental infantil, estamos cuidando ao longo prazo dos nossos futuros jovens, adultos e idosos, bem como da nossa comunidade.
Questões como depressão, ansiedade e outros transtornos também podem atingir as crianças e esse é um problema de todos nós e precisamos fazer a nossa parte. É na infância que costumam surgir os primeiros sintomas de questões que podem se agravar na vida adulta. De acordo com a OMS, metade das doenças mentais começa aos 14 anos.
A boa notícia é que essa saúde mental é cultivada nas boas relações. Conversar sobre o tema e estar bem informado sobre os sintomas e possibilidades é essencial para a percepção precoce das questões mentais e saber como proceder de forma efetiva e respeitosa.
Para isso, precisamos olhar para nossas crianças, mantendo uma conexão afetiva com nossos filhos, construindo um canal de diálogo e criando uma relação respeitosa. Precisamos também ajudar nossas crianças e adolescentes a construírem e identificarem suas emoções de forma saudável.
Uma criança pode ser reflexo do ambiente em que vive. Por isso, é necessário entender e investigar os contextos nos quais elas estão inseridas. Como elas ainda estão construindo sua inteligência emocional, ainda têm dificuldade para lidar com experiências desagradáveis. Nessa fase, o acompanhamento dos pais é fundamental para conversar, mediar e observar comportamentos diferentes ou queixas, como dores ou falta de apetite.
Estimule a conversa em casa, para que seu filho se sinta à vontade para se expressar e compartilhar. Realizem também atividades físicas e culturais, para evitar sobrecarga mental e estresse. Busquem atividades que elas gostem e desenvolvam suas habilidades, para fortalecer sua autoestima e autoconfiança.
Quando as coisas não estiverem bem, procure ajuda. E se estiver tudo bem, seja abrigo! Lembre-se de que o diagnóstico deve ser feito por profissionais.